A decisão de procurar um profissional de saúde mental, particularmente o psiquiatra, nunca é fácil. Passa por uma série de mitos, preconceitos e estigmas. A primeira pergunta que muitos se fazem é: "se eu não sou louco, para que procurar o psiquiatra?"
O primeiro ponto a esclarecer é que a psiquiatria não cuida apenas de doentes sem crítica, que estejam delirantes ou com alucinações. Cuidamos de ansiedade, depressão, instabilidade, irritabilidade, impulsividade, agitação. Enfim, cuidamos do sofrimento psíquico, da doença psiquiátrica. Todos nós, em maior ou menor grau, devemos experimentar sentimentos de tristeza, angústia, ansiedade, alegria, raiva, irritação. São parte da vida - ninguém pode ser apático, anestesiado. São reações normais ao eventos vitais.
O limite que faz com que pensemos em doença é o sofrimento prolongado para si e outrem. Quando os estados passam a ser duradouros, comprometendo esferas social, familiar, laborativa e/ou afetiva, devemos pensar em procurar um profissional. Infelizmente muitas pessoas levam anos até iniciar o tratamento - geralmente mais de cinco. Isso pode ajudar a cronificar certos quadros, dificultando seu tratamento.
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